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quinta-feira, março 28, 2024
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    Evitar atraso para início da estação de monta contribui para melhor produtividade

    Ter um bom desempenho das fêmeas para produzir um número maior de bezerros, mais saudáveis e que se tornem mais pesados em menos tempo, é o que muitos produtores de cria e recria animal desejam. Mas isso depende de vários fatores e o principal deles diz respeito à chamada estação de monta.

    Considerada uma ferramenta importante para ganhos de produtividade, a estação de monta tem período ideal para ser realizada e deve se adequar às características da propriedade e região, principalmente em relação à disponibilidade de forragem e das chuvas.

    Isso porque o atraso para o início da estação de monta pode trazer resultados negativos no médio prazo. O alerta é do médico veterinário e doutor em zootecnia, José Vasconcelos, conhecido como “Zequinha”, e foi feito durante sua palestra no Acricorte 2022, realizada em Cuiabá. O evento foi o maior encontro da pecuária de corte de Mato Grosso.

    Com a palestra intitulada “Estratégias disponíveis para aumentar resultados da IATF”, Zequinha explicou sobre a importância de programar o período ideal do início da estação de monta junto a aplicação dos protocolos de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) para obter uma pecuária de precisão e uma elevada taxa de prenhez.

    “Muito cuidado na decisão de atrasar o início da estação de monta. É melhor ter um resultado inferior este ano do que inferior nos próximos cinco anos”, apontou.

    Ainda segundo Zequinha, um bom índice de IATF passa por conhecer o score corporal da vaca, a qualidade do sêmen e a qualidade do inseminador. Além disso, o ideal é que a maioria das fêmeas do rebanho seja inseminada no início da estação de monta, para que comece a parir antes do começo do novo período e seja possível o recomeço do ciclo pecuário.

    Com isso, a utilização da IATF vai possibilitar inseminar um grande número de animais na menor janela de tempo possível, o que elimina a necessidade de fazer observação de cio, melhora o controle das atividades na propriedade e permite o ganho genético com a utilização de sêmen de animais provados.

    “É vital otimizar resultados na primeira IATF. Nos últimos anos temos acompanhado o excelente trabalho que vem sendo feito pelos produtores nacionais em termos de genética e, com isso, colhendo melhores resultados de precocidade e mais peso”, pontuou Zequinha.

    O professor também destacou a necessidade de o pecuarista focar no seu produto final, que é o quilo de bezerro desmamado por vaca exposta, de modo a focar nessa meta e trabalhar para ter esse número sempre evoluindo dentro da propriedade.

    “Entre você começar a reprodução até você vender o produto, são dois para três anos. Então você tem que pensar no médio prazo. Eu tentei colocar essa sequência de eventos para o produtor entender que se tomar uma atitude incorreta a repercussão será daqui a três anos”, assegurou.

    Zequinha ainda destacou a importância de eventos como o Acricorte, que reúne um grande número de pecuaristas, para reforçar a importância de se pensar na propriedade, na gestão, e na necessidade de conhecimento técnico para a melhoria da produtividade e eficiência da atividade pecuária.

    “Eventos que auxiliam as pessoas a pensar e questionar são sempre bem vindos. Meu objetivo aqui é que os pecuaristas voltem para casa um pouquinho nervosos, se questionando porque estão fazendo a e não b, ou b e não a, quando na realidade tem que fazer a mais b”, encerrou.

    Confira a apresentação completa do professor José Vasconcelos: https://acrimat.org.br/portal/projeto/acricorte-2022-apresentacao-palestrantes/

     

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