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sábado, abril 20, 2024
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    Agente acusado de torturar mulheres e criança em MT tem autorização da Justiça para mudar de cidade e ir à consulta médica

    Por G1 MT


    Edson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá em novembro e está solto há um mês — Foto: Facebook/Reprodução

    O agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos, acusado de torturar e manter em cárcere privado a namorada e o filho dela, de 6 anos, teve autorização da Justiça de Mato Grosso para mudar de idade e ir à consulta médica.

    A decisão é da última segunda-feira (2).

    Segundo a polícia, a mulher e a criança eram torturadas e mantidas em cárcere privado por duas semanas. Edson chegou a quebrar o braço do menino e o obrigou a gravar um vídeo dizendo que tinha sofrido a fratura em um acidente.

    A Justiça concedeu permissão para que o agente more em Pedra Preta, cidade a 243 km de Cuiabá, e também viaje para Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para ir ao médico. É a mesma cidade onde uma das vítimas mora.

    Edson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá — Foto: Facebook/Reprodução

    Edson Batista Alves, de 35 anos, foi preso em Cuiabá — Foto: Facebook/Reprodução

    Para isso, ele deverá apresentar à Justiça um comprovante que foi na consulta médica.

    O caso

    As vítimas estavam com vários hematomas pelo corpo. Elas relataram que, além de socos e chutes, eram espancadas com fio de carregador, cabo de vassoura e até queimadas com água quente.

    A mãe da criança namorou Edson por três meses e saiu de Rondonópolis para a capital para visitá-lo há duas semanas.

    Ela disse à polícia que desde que eles chegaram foi mantida trancada em casa e o suspeito passou a ser agressivo.

    A criança afirmou à reportagem que Edson chegou a colocar a cabeça dela na privada durante as agressões

    O menino disse ainda que fingia dormir quando a mãe era espancada. No entanto, nesta semana, o padrasto percebeu que ele estava acordado e o espancou. Além dos hematomas, o menino teve o braço quebrado.

    A criança foi encaminhada desacordada ao hospital.

    Criança teve o braço quebrado ao ser espancada pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

    Criança teve o braço quebrado ao ser espancada pelo padrasto — Foto: TVCA/Reprodução

    As vítimas do agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos, preso em Cuiabá suspeito de torturar e manter em cárcere privado a namorada dele e o filho dela de 6 anos, disseram que foram obrigadas a tatuarem o nome dele.

    Elas também denunciaram que foram espancadas e humilhadas. Durante as agressões, ele as obrigava a pedir desculpas a ele.

    Histórico

    Segundo as vítimas, Edson marcava o horário com o tatuador, as buscavam em casa e as levavam para que fizessem a tatuagem. Com medo de serem espancadas, elas não se recusavam.

    Ao todo, seis ex-namoradas e ex-mulheres fizeram denúncia contra ele à polícia. Todas elas foram obrigadas a tatuarem o nome dele. Uma delas tatuou o nome e o sobrenome: “Edson Alves”, seguido de um coração.

    Outra disse que ele as obrigava a beber a urina dele e chupava o sangue delas.

    Mulher era espancada e ameaçada pelo marido — Foto: TVCA/Reprodução

    Mulher era espancada e ameaçada pelo marido — Foto: TVCA/Reprodução

    Uma das vítimas registrou quatro boletins de ocorrência contra o agente.

    A prisão

    Segundo a polícia, após descobrir a fuga da namorada, Edson ainda teria rastreado o celular dela. Ele foi preso rondando a base da polícia.

    Após a prisão, o suspeito foi encaminhado para audiência da custódia e a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.

    Ele foi encaminhado para um presídio militar, em Santo Antônio de Leverger.

    O agente atuava no Setor de Operações Especiais (SOE), mas estava afastado do trabalho por violência doméstica e era monitorado por tornozeleira eletrônica.

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