O delegado Christian Cabral, titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), afirmou que cansou de “digerir frustrações com a classe política” e, por isso, decidiu filiar-se a uma sigla e participar da construção dos processos eleitorais.
Nesta semana, ele ingressou ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros), a convite do deputado estadual João Batista, que pertence à sigla.
Em entrevista ele afirmou que há algum tempo os eleitores, especialmente em Mato Grosso, se veem obrigados a escolher o candidato “menos pior”, opção que ele considera frustrante.
“Infelizmente, de forma reincidente, nós estamos sendo obrigados a escolher no processo eleitoral entre os menos piores, os menos ruins e não entre os melhores. E, para gente mudar esse cenário, temos que começar a nos envolver mais na política”, disse o delegado.
“Por isso eu achei que, ao invés de esperar a cada dois anos para chegar em outubro e escolher os nomes ruins que me são apresentados, eu deveria fazer parte do processo de escolha desses nomes. Com isso, estar ajudando para que nomes melhores sejam apresentados à decisão final do eleitor”, acrescentou Cabral.
O delegado contou que a escolha pelo Pros se deu em razão das pautas levantadas pelo partido – como a defesa do funcionalismo público -, além de sua proximidade com o deputado João Batista.
“Optei pelo Pros porque as pautas que a sigla defende são condizentes com as pautas que eu acho importantes para a vida política. E também, pela amizade e apreço que tenho pelo João Batista que foi a pessoa que me fez o convite direto de filiação”, disse.
Sem disputa
Ao menos por ora, Cabral diz não ter a pretensão de disputar um cargo eletivo.
“A princípio não pretendo disputar eleição. Ainda tenho muito o que fazer na Polícia. Ainda tenho muitos objetivos a alcançar na Deletran, coisas que quero trazer de melhorias ao Estado”, afirmou.
“Mas vou participar das convenções partidárias e de todo esse processo qualificado de escolha de candidatos, para que não nos sintamos tão frustrados igual tem sido hábito em Mato Grosso”, concluiu o delegado.
Crédito: Mídia News