Sem explicar os motivos, a senadora Selma Arruda (Podemos) vai requerer licença não remunerada do mandato a partir de novembro. O primeiro suplente, Gilberto Eglair Possamai (PSL), assume temporariamente a cadeira da parlamentar nesse período. A parlamentar se afasta no meio de um processo de cassação.
A juíza aposentada é acusada de abuso de poder econômico ao usar dinheiro não declarado para patrocinar sua campanha ao Senado. Ela justificou um cheque que teria sido falsificado e citou que teria direito de gastar até R$ 3 milhões, mas que não empenhou o valor.
Em agosto, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contra o recurso da senadora, que tenta reverter a decisão de segunda instância que cassou o seu mandato.
O argumento não foi considerado pelo procurador regional eleitoral, Raul Batista Leite, que pontua gasto de R$ 3,4 milhões. O procurador cita que, para não deixar rastros da irregularidade, a juíza aposentada não assinou pedidos de serviços à empresa Genius At Work Produções Cinematográficas LTDA e também não exigiu nota pelo pagamento.
Além disso, ele cita que grande parte do dinheiro de campanha foi doado pessoalmente pelo suplente Gilberto Eglair Possami. O representante do MPF ainda aponta que as versões de defesa dos acusados são contraditórias e não se sustentam.
Em nota a senadora ressaltou que a licença não remunerada possui fundamento legal na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Veja nota na integra:
A senadora juíza Selma (PODE-MT) esclarece que irá requerer licença não remunerada do mandato a partir de novembro. O primeiro suplente, Gilberto Eglair Possamai (PSL-MT), assume temporariamente a cadeira da parlamentar nesse período.
Ressalta-se que a licença não remunerada possui fundamento legal na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Fonte: O Bom da Notícia | Foto: Assessoria