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quarta-feira, abril 24, 2024
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    Avalone diz que fusão de siglas pode garantir força política contra discursos de Bolsonaro

    O parlamentar estadual tucano, Carlos Avalone, vê com naturalidade a possível fusão entre os partidos PSDB, DEM e PSD que vêm sendo discutida em nível nacional. Ainda que admita que saiba mais sobre ela, por meio da imprensa, do que pelo próprio partido, ao admitir que as decisões ainda dentro das siglas continuam sendo ‘feitas de cima para baixo’.

    Na declaração de Avalone – em entrevista nesta segunda-feira(26) à Rádio Capital -, ele ainda frisou que as incorporações, claro, poderão criar alguns constrangimentos entre políticos que têm discursos e posicionamentos ideológicos diferentes, mas que isto com o tempo seria acomodado com conversações ou mesmo troca de legendas.

    Também sob sua análise, as fusões partidárias estariam sendo discutidas, já pensando mais lá na frente, numa possível força política que venha a trabalhar contra o presidente pesselista Jair Bolsonaro. Que, de acordo com o parlamentar tucano, com suas críticas descontextualizadas, mesmo tendo votado nele, estariam causando prejuízos ao Brasil.

    Na sua opinião, os discursos intempestivos de Bolsonaro, acabaram levando o Congresso a realizar reformas e dentro delas, inserindo ferramentas, que sejam capazes de reduzir o poder do presidente, por conta das críticas que vêm causando enormes prejuízos aos empresários brasileiros como, por exemplo, na questão das queimadas da Amazônia.

    Apontando que o presidente da República, ao retrucar as críticas internacionais sobre a dimensão dos incêndios e sobre um suposto aumento dos desmatamento, vem “batendo de frente” com países como a Alemanha e a Noruega, criando entraves perigosos às exportações brasileiras”.

    “Muito do que Bolsonaro diz vai de encontro ao que seu eleitor quer ouvir, pois gostaria, igualmente, de falar. Frases que estão entaladas na garganta de seus eleitores há muito tempo e que Bolsonaro solta, em sua impetuosidade, mas que causam danos enormes, pela falta de cuidado na forma como expõe”.

    Ressaltando que, em particular, seu posicionamento ambiental bate de frente com o que pensa atualmente a Europa em se tratando de desflorestamentos e meio ambiente.

    “Agora eu vou conversar com Mike Tyson e vou começar a conversa batendo na cara dele, só se eu estiver doido. Claro que vou apanhar! Assim, esta impetuosidade de Bolsonaro é terrível. E suas críticas endereçadas, por exemplo, à Alemanha sobre reflorestamento quando isto já vem ocorrendo, já que replantou mais de 46% de suas florestas têm causado profundo mal estar. Tudo bem que poderíamos citar um milhão de motivos para falar contra a Alemanha como, por exemplo, sobre suas 14 térmicas que se utilizam de um carvão ruim e altamente poluente. Mas é preciso saber falar como no caso também da Noruega, país que Bolsonaro tem feito críticas sobre as matanças das baleias. É preciso entender que não é porque eles matam baleias lá, que podemos desmatar e incendiar a floresta amazônica aqui! Estas matanças como todo o resto servem de discussão para uma agenda internacional. Não bater na cara da Europa que consome os produtos brasileiros”.

    Mas buscando suavizar o tom, Avalone – até para equibrar este jogo político -, frisou que os discursos feitos por alguns estadistas europeus são desproporcionais ao que realmente ocorrem quanto as queimadas no Brasil. Afirmando que se querem [os países europeus] tanto ajudar a preservar, então que ajude com seus aportes financeiros, para as questões ambientais, garantindo a manutenção da qualidade de vida de pelo menos 20 milhões de pessoas que moram na Amazônia.

    “A Europa gosta de inserir em seus discursos, principalmente, a questão índígena. Se querem ajudar, ótimo. Também gostamos de preservar. E que para além dos discursos sobre preservação, florestas e índios, têm que entender que, sobretudo, os índios adoram viver, sim, dentro das matas, mas com decência, em ambientes que tenham qualidade de vida e, sobretudo, acesso a educação e saúde”.

     

     

    Fonte: O Bom da Notícia | Foto: Agência Brasil

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