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sexta-feira, abril 19, 2024
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    VG, em 15 de novembro não tem pra ninguém

    Com o calor das convenções partidárias se aproximando, muitos caciques já anteciparam as suas pesquisas internas para definirem nomes ou composições para o pleito municipal de novembro. Os partidos vão se reunir para escolha de seus candidatos entre 30 de agosto e 16 de setembro, mas o senador Jayme Campos (DEM) saiu na frente e já tomou um susto. Nenhum dos possíveis candidatos do Democratas conseguiu bater na intenção de votos o deputado federal Emanuel Pinheiro da Silva Primo (PTB), o Emanuelzinho, filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

    A boa gestão humanizada, a modernização e acessibilidade dos serviços públicos e o embelezamento de Cuiabá certamente atravessaram a ponte e refletiu na pesquisa realizada na cidade vizinha, onde Emanuelzinho agora tem o seu domicílio eleitoral. É lógico que o deputado federal também tem os méritos dele, que não são poucos.

    A boa gestão humanizada, a modernização e acessibilidade dos serviços públicos e o embelezamento de Cuiabá certamente atravessaram a ponte

    Ele foi eleito com 76.781 votos, ou 5,18% do total de votos válidos de todo Mato Grosso. Emanuelzinho foi o parlamentar mais jovem do estado a assumir uma cadeira em Brasília, com apenas 24 anos. A próxima façanha que o destino lhe aponta talvez seja ser prefeito de Várzea Grande na próxima eleição. O petebista, como o próprio pai diz, é muito jovem, tem garra, e tem feito muito por Cuiabá, por Várzea Grande, pela Baixada Cuiabana e por todo Mato Grosso na liberação de recursos federais.

    O resultado da pesquisa deve ter provocado susto em muita gente do DEM, que mantém a hegemonia política em Várzea Grande por várias décadas, com raros intervalos dividindo o poder com a oposição. Sobretudo, porque Emanuelzinho deixou para trás nomes considerados fortes pelo DEM, como o do atual vice-prefeito da cidade, José Hazama (DEM), do presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Tardin (DEM), além do ex-secretário municipal Júlio Pacheco (DEM), que é pré-candidato declarado há tempos.

    Mas é preciso observar, além do amplo favoritismo inclusive em outras pesquisas das quais tive acesso, se uma dobradinha com Emanuel Pinheiro sendo candidato à reeleição em Cuiabá e o filho, Emanuelzinho, disputando o pleito em Várzea Grande seja realmente viável. Poderá ser um tiro pela culatra, com os dois perdendo. Melhor garantir, ao menos, uma prefeitura ao MDB ou ao PTB. Um dos dois terá que abrir mão, isso não resta dúvida.

    No mais, Jayme Campos não vai abrir mão de uma candidatura própria do DEM, mesmo que não seja a de alguém tão ligado à família Campos. Jayme fala até em nomes de partidos aliados. Como em política dois mais dois são cinco, ninguém descarta uma composição apoiando Emanuelzinho. Quem vai determinar se essa aliança aconteça ou não, será a próxima pesquisa. Essa, certamente, não será apenas para consumo interno. Enquanto isso, Emanuelzinho continua sendo o líder e Emanuel, o pai, rindo à toa com o sucesso do filho. Se a eleição fosse hoje, em Várzea Grande não teria pra mais ninguém!

     

    João Pedro Marques é Advogado, jornalista e publisher em Mato Grosso e Brasília

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