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sexta-feira, março 29, 2024
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    Brasil, avanço imprescindível

    Por Ilson Fernandes Sanches*

    Uma análise comparativa da economia brasileira permite alterar a visão pessimista de segmentos político-ideológicos que negam o crescimento de índices econômicos, apresentados por institutos nacionais e internacionais com credibilidade. Estas análises reais e utilizadas pelo mundo empresarial permitem a tomada de decisões. Assim fazem os líderes públicos e privados e até mesmo a sociedade, e ratificam ações positivas de desenvolvimento.
    Torna-se necessário evitar superficialidades e opiniões falsificadas, por prazeres políticos de segunda classe, ao emitir conceitos e opiniões. Fatos que influenciam negativamente uma sociedade. Estas atitudes comparativas, positivas e reais são essenciais para combater os efeitos negativos da pandemia. E, verdadeiramente, é disto que precisamos para superar os obstáculos naturais e intencionalmente plantados, por fakes e por disseminação de falsas doutrinas.

    Apesar destes modelos assim construídos, o Brasil vem apresentando sinais de recuperação econômica a cada dia, sim. Dados do FMI assim o demonstram, visto que apontam que o PIB brasileiro deve crescer 5,3%, ainda em 2021. E, as exportações brasileiras estão crescendo e lideradas pelo agronegócio. Setores da indústria apontam crescimento de 36% em 2021. O que responde positivamente ao novo cenário de início de retomada da economia mundial. Retomada em razão do fato que em 2020, grandes nações, por conta da pandemia, exibiam, valores pífios de crescimento e até mesmo recessão e depressão. Basta examinar, rápido que seja, os noticiários e análises anteriores.
    Em 2020, grande parte das nações apresentaram fortes sinais de lento crescimento. Foi o caso da economia britânica que encolheu 20,4%, no segundo trimestre de 2020, fazendo o Reino Unido, oficialmente, entrar em recessão, decorrente da COVID -19 que impôs um bloqueio para conter o avanço do vírus.

    Assim como outros: EUA teve um declínio de 10,6%, a França, de 13,8%, Alemanha, de 10.1% e Itália, de 12,4%, fatos noticiados em agosto de 2020. O PIB da zona do euro caiu 12,1% no 2º trimestre 2020, fazendo todo o bloco entrar em recessão. Estes fatos fazem cair dramaticamente a produção dos setores de serviços, produção industrial e da construção civil, setores de alta empregabilidade. Tivemos dificuldades e ainda as temos, mas não vimos recessão. E, no Brasil a recuperação da economia veio forte, também por meio da indústria de transformação, com nove altas seguidas, nas horas trabalhadas na produção, o que vem influenciando indicadores em crescimento.

    O auxílio e a permissão dos saques emergenciais do FGTS ajudaram a recompor parte das perdas de renda da população com a pandemia. A vulnerabilidade de algumas famílias diminuíra, e até se observou aumento da renda, e de poupança na demanda agregada. E, puderam, inclusive, aumentar o consumo, sobretudo de bens de consumo não duráveis, como alimentos, material de limpeza e produtos de higiene pessoal. Para as famílias de um nível de renda maior, como dito, a poupança cresceu, seja por precaução, seja pela impossibilidade de consumir em razão do fechamento do comércio, e houve aumento na capacidade dos investimentos. A indústria, como um todo, representa 21,4% do PIB do Brasil, e responde por 70,1% das exportações de bens e serviços, por 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias), os dados do IPEA, assim nos informam. Além disso, é responsável por 20,4% do emprego formal, e 33% na arrecadação de tributos federais. No investimento empresarial em P&D o indicador está em 65,4%.

    Todos os números acima descritos são divulgados no perfil da Indústria Brasileira por Institutos oficiais. A balança comercial brasileira, por sua vez, se mantém superavitária, ou seja: o país está exportando mais produtos do que importando. O país procura se manter positivamente, e fortemente impulsionado pelo agronegócio, com grande parcela de contribuição do Estado de Mato Grosso. Sem sombra de dúvida a capacidade de recuperação de alguns índices negativos que passamos, em razão de aumento momentâneo de níveis de preço e de desemprego, decorrentes de aumento de preços combustíveis e em razão de fatores externos e da crise hídrica temporária, são recuperáveis, visto que periódicos e sazonais. Como, por exemplo, o desaquecimento da atividade industrial que também provocou retração do faturamento (-3,3%), da massa salarial (-1,1%), do rendimento médio (-1,8%) e da utilização da capacidade instalada (-0,4 ponto percentual).

    Nossos empresários, entretanto, acreditam na melhora consistente. Recentemente no G20 o Brasil tem se posicionado, até em razão de que os Estados Unidos vêm se recuperando rápido, e assim como a China, são nossos parceiros comerciais. E vemos que se amplia à medida que avança a vacinação e as medidas de isolamento social que vão sendo relaxadas, permitindo inclusive a retomada das atividades no setor serviços, assim como no Brasil. Nos países avançados, a taxa de desemprego declinou, e seu crescimento, por retomada, impulsiona os países emergentes por meio do comércio internacional e do forte aumento do preço das commodities.

    O Brasil está se preparando fortemente, também para mitigar os danos econômicos causados pela pandemia. O governo brasileiro concebeu e colocou em prática um pacote de medidas de estímulo que está sendo divulgado e que superou o montante de R$ 1,169 trilhão. Os programas de estímulo aos setores produtivos auxiliarão o combate ao desemprego e ao já limitado processo inflacionário. E estes, desemprego e inflação, estão sendo fortemente combatidos.

    A vitória, com certeza, silenciará, com esforço, a boca grande da esquerda festiva que adora pregar o caos, o que atrapalha o país, capitaneado negativamente por políticos ultrapassados e com raízes na mentira eterna. O pior é que atrapalha a força do atual Governo, mas não o impede, e seremos otimistas acreditando na superação, com determinação, como vem sendo feito. A trilha da política de Governo está correta.

     

    * Ilson Fernandes Sanches é advogado, especialista em Direito Empresarial pela Universidade Federal de Mato Grosso, Doutorado em Economie Publique, Planification et Aménagement du Territoire pela Universidade de Paris I – Sorbonne, França, Bacharel em Economia pela UFRJ, Especialista em Economia Regional e Urbana pela FEA/USP, Professor da FGV/UNIC, ex-Secretário de Indústria e Comércio e Turismo do Estado de MT, ex-Secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Município de Cuiabá, Coordenador do Curso de Direito da UNIC Pantanal e Professor da UNIC/PANTANAL.

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