Da Redação com A Bronca Popular
O prefeito de Campo Novo do Parecis, Rafael Machado (PSL), enviou para a Câmara de Vereadores o projeto Nº 100/2021, que cria verba de natureza indenizatória no âmbito do Poder Executivo Municipal.
Se aprovada a mensagem do Executivo, o prefeito, vice e secretários municipais terão um substancioso aumento de 50% no holerite.
Na justificativa do projeto, Machado argumentou que “a criação da verba indenizatória objetiva promover o custeio das diversas atividades inerentes aos cargos mencionados no respectivo projeto”.
Em outro trecho do documento, o prefeito escreveu que “o objetivo da VI é repor, compensar, reembolsar despesas oriundas de atividades inerentes a serviços da administração pública”.
O salário atual do prefeito de Campo Novo é de R$ 28.544,54, com a incorporação da verba indenizatória (R$ 14.272,27), salta para R$ 42.816,81.
O salário atual do vice-prefeito é de R$ 14.272,27, com a verba indenizatória, pula para R$ 21.408,00.
O salário de secretário municipal é de R$ 12.027,18, com a verba indenizatória, sobe para R$ 18 mil.
Na mensagem, o prefeito pediu que o projeto fosse apreciado em regime de Urgência Especial, o que foi rejeitado pela Câmara de Vereadores.
A tramitação do projeto segue o rito ordinário e deve pautar os debates e esquentar as discussões sobre a viabilidade ou não de se criar verba indenizatória nesse momento de crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Vice se diz contra o projeto
O vice-prefeito Toninho Brolio (Foto à esq.) afirmou a nossa reportagem que foi pego de surpresa com o envio para a Câmara do projeto que cria verba indenizatória no âmbito do executivo municipal.
“Apenas ontem tomei conhecimento, mas sou contra. Não vejo necessidade para sacrificar ainda mais a população com a criação desse benefício para o prefeito, vice e secretários”, declarou o vice-prefeito.
Brolio prometeu que jamais fará uso de verba indenizatória, mesma que seja aprovada pelo legislativo.
“O salário que já recebo é muito bom, não há necessidade desse aumento de 50%, não tem sentido e por isso sou contra”.