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sexta-feira, abril 19, 2024
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    “Moro não tem mais autoridade para ser ministro da Justiça”

    O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defendeu que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, renuncie ao cargo após o episódio envolvendo o vazamento de mensagens entre ele – à época em que era juiz federal – e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.

     

    Segundo uma série de reportagens publicadas pelo site “The Intercept Brasil”, Moro teria orientado as investigações da Lava Jato em Curitiba, sugerido que o procurador trocasse a ordem de fases da operação, além de ter dado conselhos e pistas informais de investigação.

    “O que está muito claro é que as regras dos papéis que o juiz deve ter e que o promotor deve ter foram quebradas e isso está bastante evidente naquilo que já foi divulgado”, disse Lúdio.

    “O Moro não tem autoridade mais para ser ministro da Justiça. Ele precisa pedir para sair”, acrescentou o deputado.

    Segundo Lúdio, qualquer investigação que precise ser realizada a partir dessas mensagens terá que ser conduzida pela Polícia Federal que, por sua vez, está subordinada ao Ministério da Justiça.

    “Se a PF está subordinada ao Moro, já abre suspeição na origem, na raiz. Não tem mais condições de ele continuar. Contamina todo o processo”, afirmou o deputado.

    Na avaliação do petista, o conteúdo das mensagens pode colocar em xeque, inclusive, fatos relativos à Operação Lava Jato e que, por ventura, estejam “dentro da normalidade”.

    “O conteúdo das mensagens e aquilo que ainda está por vir produzirá influência sobre as inúmeras ações judiciais dentro dessa Operação Lava Jato, o que reforça ainda mais o grau de irresponsabilidade de juiz e procuradores. Até aquilo que está correto na operação pode vir por terra”, disse.

    Também na avaliação do deputado Lúdio Cabral, as mensagens trocadas pelo então juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato mostram uma “conspiração” contra o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Nos diálogos, eles chegaram a discutir maneiras de evitar que fosse realizada uma entrevista com Lula – autorizada pelo (Supremo Tribunal Federal) – às vésperas da eleição em outubro passado.

    A preocupação, segundo os diálogos revelados pelo site, era de que a entrevista pudesse ajudar a eleger o então candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) ou “permitir a volta do PT”

    “Está muito claro que houve uma conspiração para evitar uma candidatura do Lula em 2018, uma candidatura do PT. As mensagens mais confirmam do que revelam, porque muitos fatos demonstram que houve essa conspiração”, afirmou Lúdio.

     

    Crédito: Mídia News

    Foto: Alair Ribeiro

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