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quinta-feira, março 28, 2024
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    Fenômeno ‘La Niña’ está oficialmente de volta, afirma OMM

    Da Redação com Agrolink

    Havia expectativa mas agora é oficial. O La Niña está de volta, pelo segundo ano consecutivo. O fenômeno de resfriamento das águas do Pacífico tem grandes impactos no clima mundial e, especialmente, na agricultura. O panorama foi confirmado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

    A expectativa é de que nesta temporada o fenômeno tenha incidência de fraca a moderada e deve se estender até fevereiro com mais intensidade e passa a perder força a partir de março. A OMM calcula que existe uma chance de 90% das temperaturas na superfície do oceano Pacífico tropical continuarem nos níveis La Ninã até o fim do ano e chances de até 80% de permanecerem nesse nível por todo o primeiro trimestre de 2022.

    Com invernos rigorosos e secas ao redor do mundo, o órgão destacou que “as temperaturas em várias partes do mundo permanecerão acima da média devido ao calor acumulado na atmosfera, retido por níveis recordes de gases do efeito estufa”, disse a OMN, um braço da ONU.

    Setores como agricultura, saúde, recursos hídricos e gerenciamento de desastres serão afetados. Países do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, devem sofrer com secas extremas. No Brasil os estados da região Norte e Nordeste, devem esperar mais chuvas, enquanto os do Sul podem ter menos precipitações e reservas hídricas. No Sudeste e Centro-Oeste não se descartam fenômenos como as tempestades de areia.

    DIFERENÇAS ENTRE ‘EL NIÑO’ E ‘LA NIÑA’

    Diferenças de temperaturas entre os fenômenos “El Niño” e “La Niña”. (Foto: Reprodução)

    El Niño é um fenômeno resultante do aquecimento anormal das águas do Pacífico na costa litorânea do Peru, onde geralmente as águas são frias. Tal fenômeno produz massas de ar quentes e úmidas, que geram algumas chuvas na região de entorno com a diminuição do regime de chuvas em outras localidades, tais como a Amazônia, o Nordeste brasileiro, Austrália, Indonésia e outras. No Brasil, o fenômeno também contribui para o aumento de chuvas nas regiões Sul e em partes do Sudeste e do Centro-Oeste.

    Já o La Niña é um fenômeno exatamente inverso. Ele representa um esfriamento anormal das águas do oceano Pacífico, em virtude do aumento da força dos ventos alísios. No Brasil, o La Niña provoca os efeitos opostos, com a intensificação das chuvas na Amazônia, no Nordeste e em partes do Sudeste. Além disso, o La Niña provoca a queda das temperaturas na América do Norte e na Europa.

    Na região Centro-Oeste, o que se observa de efeitos do La Niña são o atraso da pré-estação chuvosa e diminuição da atuação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, principal sistema responsável pelas chuvas de janeiro, importantíssimas para a produção de grãos.

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