Por Giovana Giraldelli, da redação
Nesta manhã de sexta-feira (15), Nelson Teich deixou o Ministério da Saúde. O até então ministro havia assumido o cargo a menos de um mês, com a exoneração de Luiz Henrique Mandetta.
Teich se opôs mais de uma vez à recomendação de Jair Bolsonaro sobre a utilização da cloroquina para o tratamento do coronavírus, entrando em linha de confronto com o presidente. O medicamento não tem eficácia garantida contra o vírus e apresenta efeitos colaterais diversos.
O cenário deixado por Teich é dos piores, com 207 mil casos confirmados de coronavírus e 14.131 óbitos, o Brasil vivencia uma grande instabilidade política com o afastamento e troca de ministros acontecendo com regularidade em tempos de crise.
A demissão de Teich foi informada via nota distribuída pelo MS. De volta para o dia 16 de abril deste ano, Mandetta era exonerado do Ministério da Saúde também por discordar de Bolsonaro, desta vez devido à defesa do presidente contra o isolamento social.
A grande aposta para assumir a cadeira deixada por Teich é o general de divisão Eduardo Pazuello. Forte indicativo disto é a mobilização entre militares do governo Bolsonaro que apoiam a nomeação. Pazuello supostamente já havia sido contatado e consultado pelo presidente, caso a exoneração do ministro fosse confirmada.
Eduardo Pazuello atua como secretário executivo do Ministério da Saúde há pouco tempo junto com outros militares que passaram a ocupar postos chave na pasta. Desde que chegou à Esplanada dos Ministérios, o general mostrou aversão a Teich, o desobedecendo repetidas vezes.
