Por Artur Fonseca
Dança das cadeiras
E continua a danças das cadeiras no cenário político-partidário com o findar do prazo para mudança de legendas. Mais um grupo se movimenta na mudança de partido com vistas às eleições municipais de outubro próximo. Que, aliás, poderá ser adiada caso o coronavírus não seja totalmente eliminado até lá. A busca por novas agremiações aconteceu em Barra do Garças, onde o Podemos acaba de ganhar a adesão do grupo político do ex-deputado e empresário Adalto de Freitas, o Daltinho. Junto com ele se filiaram o engenheiro civil e ex-diretor Regional da SEMA David Lincoln Campos, o empresário Dormélio Romil, ex-presidente do MDB,e o empresário Raimundo Parrião, pré-candidato a vereador, entre outros.
Mais mudança
Outro que pulou para as fileiras do Podemos barragarcense do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Barra do Garças, Lázaro Sipriano de Carvalho, que é também empresário, tendo sido vereador de destaque por 18 anos ininterruptos, entre 1982 a 2000, e por duas vezes exerceu a Presidência da Câmara Municipal.
Curiosidade
O fato curioso nessas novas adesões ao Podemos é que tanto Lázaro quanto Daltinho até essa semana eram mencionados como pré-candidatos a prefeito de Barra do Garças, inclusive pontuando bem em pesquisas e enquetes. Porém com essas filiações demonstram que estão buscando um entendimento em torno do nome do empresário do ramo educacional e advogado Sandro Saggin – ou “Sandro da Cathedral” como está sendo conhecido.
Felicidade
O presidente do Podemos de Mato Grosso, o deputado federal José Medeiros, expressou muita alegria com as novas filiações:
“Ficamos muito contentes e positivamente impressionados com as filiações do senhor Lázaro e do ex-deputado Daltinho, pessoas de muito destaque, de peso mesmo na sociedade, e que têm um grande histórico de trabalho em favor de Barra do Garças. As chegadas de ambos ao partido, assim como a chegada de dezenas de outros companheiros de destaque também com certeza reforçam muito as pré-candidaturas do Podemos a prefeito e vereadores de Barra do Garças, sendo que a tendência é o partido apresentar o nome do empresário Sandro da Cathedral para a candidatura a Prefeito e uma chapa completa com 23 nomes de candidatas e candidatos a Vereadores.”
Alvo de protestos
Emanuel Pinheiro (MDB), prefeito de Cuiabá, no final de semana passado foi alvo de protestos. Mesmo assim não descarta endurecer mais as regras para o funcionamento do comércio na nossa capital. Ele divulgará um novo decreto, que substituirá as normas em vigência cuja validade se encerra no próximo domingo (05).
“A orientação da Prefeitura é para que fiquem em casa, todos que puderem. O ambiente familiar, a sua casa é o primeiro local que você deve cuidar. Evitem aglomerações, evitem o transporte coletivo, evitem se expor. A Prefeitura está tomando medidas que por vezes são duras, mas que são extremamente necessárias para proteger a vida e a saúde da população. Essas medidas não são vontade pessoal do prefeito, são medidas respaldadas e que seguem o protocolo da OMS, do Ministério da Saúde e que são muito discutidas no Comitê de Enfrentamento que eu presido aqui em Cuiabá. Nossa equipe técnica está em permanente contato com a Secretaria de Saúde do Estado, portanto, o respaldo técnico cientifico é a base de todas as medidas que estamos tomando. E enquanto estiver em jogo a saúde e a vida das pessoas, não hesitarei em tomar medidas ainda mais duras para proteger a população cuiabana”, disse o prefeito, em entrevista ao site olhar direto.
AMM contra-ataca
Neurilan Fraga, presidente da Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), rebateu declarações recentes do governador Mauro Mendes (DEM) sobre os prefeitos do estado de Mato Grosso. No debate entre governadores realizado pelo site Uol, Mauro criticou os gestores municipais pelo que disse ser um “campeonato nacional” de decretos, que segundo ele teria provocado uma “descoordenação” e prejudicado os primeiros atos de combate ao novo coronavírus.
“O governador tem que ser mais objetivo em suas declarações. Todos os prefeitos tomaram medidas de combate a propagação do novo coronavírus como forma de proteger as vidas da população que mora em seus municípios. Nenhum prefeito paralisou as atividades econômicas, sociais e religiosas pensando em prejudicar a população mato-grossense, conforme a sua afirmação nessa matéria. Os prefeitos tem a sua autonomia que precisa ser respeitada. Estamos fazendo um esforço muito grande para combater essa pandemia. Quem está na linha de frente são os prefeitos e suas equipes. Estamos alinhados ao decreto do governo do Etado, porém, algumas colocações do Governo são sinuosas e fora da curva”, criticou Neurilan.
França e Galli
Nas ultimas horas de filiação para candidatos à prefeito e vereadores, Roberto França decidiu fazer uma aposta arriscada visando as eleições de outubro. Com 71 anos, metade deles ocupando cargos eletivos, como de vereador, deputado estadual e federal e prefeito de Cuiabá, ele trocou o PV pelo Patriota. A esperança de Roberto é obter apoio de Bolsonaro nas urnas de outubro estando agora nos quadros do Patriota, um dos partidos em Mato Grosso mais afinados com o presidente, tanto que a pré-candidata ao Senado, coronel Fernanda, tem apoio declarado de Bolsonaro. Por outro lado, França terá de praticamente reconstruir a legenda, hoje sem voz representativa em Cuiabá, e tirar a ideia de Victório Galli querer também disputar a prefeitura.
Pode ter adiamento
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitam adiar as eleições municipais de outubro para dezembro, devido à pandemia do coronavírus. A decisão sobre a data das votações deve ser tomada entre fim de maio e início de junho, dependendo da situação sanitária do país. Ainda que o quadro não esteja definido, os ministros descartam a possibilidade de prorrogação dos mandatos atuais. Isso aconteceria se as eleições fossem reagendadas para 2021. Ou, ainda, se houvesse unificação com as eleições gerais de 2022.
“A saúde pública, a saúde da população é o bem maior a ser preservado. Por isso, no momento certo será preciso fazer uma avaliação criteriosa acerca desse tema do adiamento das eleições. Mas nós estamos em abril. O debate ainda é precoce. Não há certeza de como a contaminação vai evoluir. Na hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período mínimo necessário para que as eleições possam se realizar com segurança para a população. Estamos falando de semanas, talvez dezembro”, disse o ministro Luís Barroso, que presidirá o TSE a partir de maio.
Sem atraso
Mauro Mendes anunciou nesta sexta-feira (03) que não haverá atraso e muito menos escalonamento de salários, pelo menos por enquanto. Os salários dos servidores públicos estaduais serão pagos integralmente na próxima sexta-feira, dia 10 de abril, mas não garante que haverá recursos necessários para o pagamento integral das próximas folhas do Estado, devido ao confinamento da população por causa da pandemia de coronavírus.
