O Congresso Nacional deverá ter nesta semana ao menos 2 momentos de potencial desgaste para o governo federal, ambos em comissões.
Na 4ª feira (30.out.2019), às 13h, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News receberá o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).
Frota foi eleito pelo PSL, e acabou expulso do partido poucos meses após tomar posse. Sua saída do partido foi conturbada e cheia de mágoas.
Em entrevista ao programa Roda Viva, o deputado afirmou ter conhecimento de como foi feita a campanha digital do presidente Jair Bolsonaro, e classificou como “jogo sujo”.
O deputado foi convidado, e não convocado. Isso significa que ele não seria obrigado a ir.
O gabinete de Frota afirma que ele irá e responderá a qualquer pergunta feita. Ele também teria solicitado que fosse o único a falar no dia – a pauta o tem como único convidado.
A CPMI das Fake News se tornou 1 dos principais palcos de enfrentamento entre governo e oposição. Desafetos do presidente tentam colar a pecha de que o presidente fez uma campanha desonesta em 2018.
Alguns dos bolsonaristas mais fieis estarão lá para defender o ocupante do Planalto. A deputada Carla Zambelli e os 2 filhos do presidente no Congresso, Flávio e Eduardo, são suplentes da comissão.
CASO ITAIPU
O outro momento em que o governo poderá ter desgaste é na Comissão de Minas e Energia, na 3ª (29.out) às 10h. Está confirmada a presença do general Joaquim Silva e Luna, diretor-geral de Itaipu.
Luna é discreto e não deve querer prejudicar o governo. O assunto da audiência, porém, é espinhoso. As perguntas serão sobre o acerto entre Brasil e Paraguai pela energia de Itaipu.
O acordo, que diminuía as vantagens do país vizinho, passou relativamente perto de derrubar o presidente paraguaio, Mario Abdo, aliado de Bolsonaro no Conse Sul.
Um dos envolvidos no caso, o empresário Alexandre Giordano, é suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP). O paraguaio Pedro Ferreira, ex-presidente da Ande (equivalente à Eletrobras) disse que Giordano se apresentou como representante do governo brasileiro.
Nada foi provado até agora.
Fonte: Poder360 | Foto: Reprodução