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sábado, abril 20, 2024
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    Ex-presidente demitido da ABDI diz ter avisado Guaranys de irregularidades

    O secretário de Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, fez pedidos de despesas injustificáveis à ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) disse o presidente demitido da agência, Guto Ferreira. Costa é também presidente do Conselho Deliberativo da ABDI.

    Ferreira disse que as avaliações de advogados da agências eram de que os pedidos, se atendidos, infringiriam leis. Ele apresentou cópias de mensagens de WhatsApp sobre solicitação de emissão da passagem que diz terem sido trocadas entre ele e Costa em maio. Outro pedido irregular feito por Costa, segundo Ferreira, esse em maio, foi de que a agência alugasse 1 andar de edifício do Banco do Brasil na avenida Paulista, em São Paulo, a ser usada pela ABDI e pela secretaria de Costa.

    Os pedidos não foram atendidos e Ferreira atribui ao conflito causado por sua resistência o fato de ter sido demitido da agência pelo presidente Jair Bolsonaro na 4ª feira (6.set).

    Ferreira também forneceu cópias de mensagens de Whatsapp que diz terem sido enviadas ao secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, no qual relata “pedidos não republicanos” por parte do secretário de Competitividade.

    Procuramos Guaranys e Costa por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Economia para que comentassem as declarações de Ferreira e as mensagens que ele apresentou. Não houve resposta.

    As mensagens sobre a passagem fornecidas por Ferreira mostram que Costa queria ir a Dubai com passagem paga pela ABDI. Segundo o ex-presidente da ABDI, 1 convênio entre a agência e o Ministério da Economia estabelecia que poderia ser paga viagem de 1 representante da pasta a evento da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

    Costa pediu, segundo Ferreira, que fosse escolhido o trajeto via Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, embora não fosse a opção mais barata. Depois, ainda de acordo com o relato de Ferreira, pediu que a parada na cidade fosse de 2 dias, sob a alegação de que era do interesse do Ministério da Economia. Isso não se enquadrava no convênio, segundo Ferreira. As mensagens mostram divergências entre os 2 quanto ao aspecto jurídico. A passagem acabou não emitida.

    Na mensagem que diz ter enviado a Guaranys, em data não especificada, Ferreira chama de “canalhice” reportagem “plantada” por Costa em veículo de comunicação. Menciona O Antagonista, sem deixar claro, porém, se o site publicou o texto mencionado. Diz também que há “psicopatia” por parte de Costa e que as reações dele se devem ao fato de lhe terem sido negados duas vezes “coisas que seriam questionadas na administração pública porque não são republicanas”.

    Formado em jornalismo e especialista em inovação, Ferreira foi escolhido para a ABDI em junho de 2016, no governo de Michel Temer, pelo então ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, hoje vice-presidente da Câmara dos Deputados (Republicanos-SP).

    Ferreira disse ter ficado surpreso ao ser mantido no cargo no atual governo, o que atribui ao fato de ter colaborado na preparação do programa do então candidato Bolsonaro, a pedido de Costa.

    Quando começaram as desavenças com o secretário, pensou que seria demitido. “Isso não aconteceu porque atribuíram a mim 1 poder que nunca tive, sobre a bancada do PRB na Câmara”, disse em alusão ao partido rebatizado Republicanos. “Como não podiam perder a aprovação da reforma da Previdência, não quiseram mexer comigo”.

    O convívio com Costa se deteriorou, porém. Em 25 de maio, o secretário excluiu Ferreira de 1 grupo de WhatsApp da área que comanda. “Não pedi demissão porque virou uma espécie de game para mim. E a minha equipe insistia para que eu resistisse, para que só saísse quando fosse demitido pelo presidente”, afirmou. Leitor de histórias em quadrinhos, compara-se ao Capitão América. “Ele não tem superpoderes. Sua maior força está nos princípios.”

    Ferreira diz ter recebido convites para trabalhar em empresas e pretende continuar morando em Brasília

     

     

    Fonte: Poder 360 | Foto: Reprodução

     

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